
Editoral
Questões Ambientais da China
A China é, hoje, uma das potências mundiais. Em 2012, ultrapassou os Estados Unidos no que se refere ao fluxo comercial (soma de importações e exportações de bens), quando a China anunciou um total de compras e vendas de US$ 3,87 trilhões contra US$ 3,82 trilhões dos EUA. Aos poucos, os chineses ganham lugar no mercado, valorizando sua produção e recebendo reconhecimento no cenário mundial.
O crescimento econômico chinês é consequência do crescimento industrial e urbano. O país foi, por muito tempo, extremamente tradicionalista, com uma população majoritariamente rural e uma produção manufatureira. Após décadas de isolamento durante o governo de Mao Tse Tung, a China passou a investir em seu comércio e industrialização.
Tanto desenvolvimento não poderia vir só. Hoje, as maiores potências são os países que mais sofrem com problemas ambientais. A instalação de indústrias gera o consumo de combustíveis, de energia e a emissão de poluentes, além de danos que podem vir a ser causados em caso de acidentes.
Na China, a população sofre, principalmente, com a poluição atmosférica, causada pela emissão de gases que contribuem com o aumento do efeito estufa e ainda, com frequentes problemas de saúde dos habitantes. As principais causas de morte no país são as doenças respiratórias, associadas à poluição intensa.
A problemática está justamente no paralelo entre desenvolvimento econômico e qualidade de vida no país. Apesar de a China ter um IDH considerado alto (0,738) e uma expectativa de vida excelente (acima de 80 anos), visa um crescimento no PIB de, pelo menos, 6,5% no ano de 2017. Isso implica em investimento no setor econômico, no maior funcionamento e crescimento de indústrias e no aumento da produção para exportação. Aos poucos, as estratégias executadas a favor do desenvolvimento, tornam-se um pesadelo para os habitantes do país, a fauna e a flora, além de outros fatores naturais, como os hídricos, por exemplo.
Por isso, a China e os Estados Unidos assinaram, em 2014, um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluiria reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. Porém, os EUA já deixaram o acordo, no governo de Donald Trump, alegando que o acordo traz desvantagens para o país.
O que resta: esperar que o ser humano enxergue o mal que tem causado a si mesmo.
Bianca, Isaque, Noé, Vinícius
26/06/2017